Padrão dos Descobrimentos e Torre de Belém em Lisboa – Portugal

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Praça do Império, fonte monumental e Mosteiro dos Jerónimos são os destaques na paisagem                                  Imagem do site: http://magazine.guiadacidade.pt

O bairro de Belém concentra uma riqueza arquitetônica, artística e cultural  difícil de superar e isso justifica a dedicação a um planejamento que permita aproveitar ao máximo a passagem  por essa bela  freguesia, distante 7 km do centro de Lisboa, que foi palco de importantes momentos da história de Portugal.

Sua origem remonta a uma aldeia, junto a praia (na margem direita do rio) que era utilizada como ancoradouro (comprovadamente desde o século XIII),  em função de sua proximidade com o estuário do Tejo. O lugar era conhecido como Restelo e, considerando a sua localização estratégica para acesso ao Oceano Atlântico, tornou-se o ponto de partida das expedições náuticas a partir de 25 de Julho de 1415 – inclusive aquelas comandadas por Vasco da Gama em 1497 e Pedro Álvares Cabral em 1500.

Diante do sucesso dos primeiros empreendimentos marítimos, o Infante D. Henrique determinou em 1452 a construção de uma ermida, dedicada a Santa Maria de Belém (confirmada por bula papal em 1459) e, anos depois, uma torre defensiva para reforçar a proteção de Lisboa (em 1515).

Por não ter sido tão atingida pelo terremoto, que destruiu a Baixa Lisboeta em 1755, essa área  tornou-se o destino da corte portuguesa, inclusive com a construção do Palácio da Ajuda nas imediações. Esse admirável conjunto arquitetônico, emoldurado pela beleza cenográfica do Rio Tejo, é um convite irrecusável  para conhecer o bairro lisboeta de Belém.

O acesso a essa parte da cidade é bastante facilitado pelas diversas opções de transporte:

Comboio (trem) da Linha de Cascais, que parte da Estação do Cais do Sodré e chega à Estação Belém, distante cerca de 1,5 km da famosa Torre.

Eléctrico “carreira 15 E” (com destino a Algés), que tem o ponto inicial na Praça da Figueira (perto da Estação Rossio do Metro) e passa pela Praça do Comércio e Cais do Sodré. A “paragem” é definida conforme o roteiro programado: “Museu dos Coches”, “Belém-Jerônimos” ou “Centro Cultural Belém” (onde existe uma passarela para travessia de pedestres). A linha é atendida tanto pelos veículos mais antigos (bonde) como pelos mais modernos (tram). O bilhete pode ser adquirido no interior do veículo, mas convém ter moedas a mão. O mais fácil é ter o cartão de transporte ou o Lisboa Card (que é válido também para o trem e ônibus).

Autocarro (ônibus): o desembarque deve ser na “paragem” do Mosteiro dos Jerónimos, utilizando-se as seguintes linhas:

714  –  Praça da Figueira no sentido Outurela  (passando pela Praça do Comércio e Alcântara);

728  –  Centro Comercial Portela para Restelo (passando  pela Estação Oriente );

727- Estação Roma-Areeiro sentido Restelo (passando pela Estação Entrecampos, Campo Pequeno,  Avenidas Novas ou Praça Marques do Pombal e Estação de Santo Amaro);

729 – Bairro Padre Cruz sentido Algés (passando pelo Colégio Militar e Pólo Universitário da Ajuda, Calçada da Ajuda, Mosteiro dos Jerónimos e Centro Cultural de Belém);

751 – Estação de Miraflores rumo a Estação de Campolide (passando pela Estação de Algés).

Na Praça do Império (em frente ao Mosteiro dos Jerónimos) existe uma passagem subterrânea para transpor a linha do trem e chegar ao Padrão dos Descobrimentos.

Barco:  A empresa Yellow Boat (a mesma que opera o Yellow Bus) promove o passeio pelo Rio Tejo, saindo da Praça do Comércio. No percurso faz uma parada em Cacilhas, na margem esquerda, onde é possível desembarcar para ir até o Santuário Nacional de Cristo Rei em Almada (de ônibus ou táxi) e contemplar, aos pés da gigante estátua, a orla lisboeta. Para prosseguir  até  Belém, basta pegar o barco seguinte, observando o horário previsto.

456) Almada vista do Mirante Cristo Rei

Ponte 25 de Março e Lisboa vistas do mirante Cristo Rei em Almada

A primeira embarcação parte às 10:00h (depois somente às 13:00, 15:00 e 17:00 h) e o percurso dura uma hora e meia proporcionando uma magnífica vista de Lisboa, desde a saída no Terreiro do Paço e na sequencia: a Avenida Ribeira das Naus, Alcântara, a Ponte 25 de Abril,  o Mosteiro dos Jerónimos, o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém.

469) Esplanada dos Ministerios

O conjunto arquitetônico do Terreiro do Paço(Pça do Comércio) visto do barco

A passagem custa menos de 20 euros para adultos (e crianças entre 4 e 10 anos pagam metade do valor). Convém verificar no site do Lisboa Card se é concedido algum desconto. Por adotar o sistema “Hop On Hop Off”  e ter validade de 24 horas (desde sua compra), essa opção torna-se muito proveitosa numa programação mais extensa.

Ônibus anfíbio: Outra forma, um tanto pitoresca, de fazer um “city tour” em Lisboa é o “HippoTrip”  que tem seu ponto de partida na Doca de Santo Amaro (Alcântara), diariamente às 10:00, 12:00,  14:00  e 16:00h (de setembro a maio) e com horários adicionais de maio a setembro: 11:00, 15:00, 17:00, 18:00 e 19:00 h.

1153) Belém Hippotrip

Ônibus anfíbio que faz um city tour em Lisboa, passando por Belém

O “tour” dura uma hora e meia (sendo 25 minutos dentro do rio) saindo de Alcântara e passando pelo Cais do Sodré, Praça do Comércio, Rua da Prata, Rossio, Avenida da Liberdade, Praça Marques do Pombal, Largo do Rato, Jardim da Estrela e Belém onde o veículo entra no rio (na Doca do Bom Sucesso) e passa pelo Padrão dos Descobrimentos, Torre de Belém, Fundação Champalimaud e Torre VTS (saindo em seguida da água para retornar ao ponto de partida).

1162)Hippotrip no Rio Tejo

Hippotrip nas águas do Rio Tejo em Belém

O passeio custa cerca de 112 euros (provavelmente os portadores do Lisboa Card obtém desconto) e dispõe de guia bilíngue: português/inglês. É vedado a crianças menores de 2 anos de idade e passageiros com dificuldade de movimentação, pois as pessoas devem entrar e sair do veículo sem precisar de ajuda.

Enfim, se a opção for pelo automóvel, há um estacionamento gratuito ao lado da Torre de Belém, além de diversos outros (pagos) junto a alguns dos pontos turísticos.

A despeito de ser uma região plana e alguns monumentos darem a impressão de serem próximos entre si, demanda uma boa caminhada para deslocamento de um ponto a outro. Uma alternativa a ser cogitada é a locação de uma bicicleta na “Belém Bike”, situada entre a estação ferroviária de Belém e o MAAT –  Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia na Avenida Brasília. O atendimento é de segunda a domingo, no horário das 10:00 às 19:00 h.

Um roteiro básico incluiria, no mínimo, a Torre de Belém, o Monumento aos Descobrimentos (distantes cerca de 1 km um do outro) e o Mosteiro dos Jerônimos, terminando com uma parada “obrigatória” na Confeitaria “Pastéis de Belém”  antes de se despedir da região  (considerando que o ponto do Electrico 15  está localizado bem  em frente).

A receita legítima do doce conventual, herdada do Mosteiro dos Jerónimos, é produzida no mesmo lugar desde sua inauguração em 1837. Conforme reza a lenda, apenas três pessoas no mundo conhecem  a verdadeira “fórmula” e por isso assinam um termo de confidencialidade, para garantir que somente o que é  produzido ali possa ser chamado de “pastel de Belém”. A denominação genérica é pastel de nata.

Mesmo encontrando uma desanimadora fila, a espera não é tão longa porque o atendimento consegue ser muito ágil para entrega no balcão. Se a casa estiver com menos movimento, é possível sentar e tomar um café tranquilamente enquanto saboreia a célebre iguaria.

Ainda que  a intenção seja dedicar um dia inteiro para percorrer Belém, é impossível conhecer tudo o que tem a oferecer. Vale a pena consultar o site do Lisboa Card (https://www.lisboacard.org/pt) –  que permite viagens gratuitas e ilimitadas em ônibus, metro e comboio –  para verificar quais são as atrações com livre acesso e quais oferecem desconto na compra do ingresso, dentre as seguintes opções:

Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia (MAAT):  Av. Brasilia (distante 450 m. da estação ferroviária de Belém em direção à Central Tejo/Museu da Eletricidade).

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O moderno “design” do Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia – MAAT                                     Imagem do site: https://en.wikipedia.org

Inaugurado em 2016, destaca-se pela arrojada arquitetura e dispõe de um mirante incrível. Dista cerca de  1,3 km do Monumento do Descobrimento.

Museu da Eletricidade / Central Tejo: Av Brasilia (190 m. da estação ferroviária de Belém,  em direção oposta ao Padrão do Descobrimento e a Torre).

462) Arquivo Historico Ultramarino

Museu da Eletricidade de Lisboa, instalado na antiga central termoelétrica

O prédio da antiga central termoelétrica (que abasteceu de energia toda a cidade e região de Lisboa entre 1909 e 1972) passou a sediar o Museu da Eletricidade desde 1990. Foi reformulado em 2006 e reaberto ao público com uma nova concepção museológica. O núcleo principal da exposição permanente continua sendo o conjunto de equipamentos que integravam a antiga unidade de produção de energia e sua forma de funcionamento. No entanto, são também abordados outros temas correlacionados, tais como: fontes de energia renovável, processo de produção, distribuição e fenômenos da eletricidade.

Museu Nacional dos Coches: Av. da Índia 136 (perto da estação ferroviária de Belém, ao lado da Praça Alfonso de Albuquerque).

Moderno prédio do Museu dos Coches em Belém                         Imagem do site: https://pt.wikipedia.org

Abriga uma coleção de carruagens do século XVII a XIX, pertencentes em sua maioria à Família Real Portuguesa.

Museu da Presidência da República: Praça Alfonso de Albuquerque.

Museu da Presidência da República sediado no bairro de Belém                                                 Imagem do site: https://pt.wikipedia.org

Instalado, desde outubro de 2004, na antiga cocheira do Palácio Nacional de Belém (sede da Presidência da República). O acervo pretende ilustrar o percurso do regime republicano em Portugal ao longo de mais de  90 anos.

Jardim Botânico Tropical: Travessa Ferreiros a Belém, 41 / Largo dos Jerónimos

Numa área total de 7 hectares encontram-se mais de 500 espécies procedentes dos vários continentes, com ênfase para árvore e plantas raras tropicais e subtropicais (algumas sob ameaça de extinção).

1260) Jardim Botanico Tropical

Alameda de palmeiras imperiais no Jardim Botânico  em Belém

Mosteiro dos Jerónimos: Praça do Império

Construído no século XVI é considerado Panteão Nacional desde 2016. Abriga os túmulos de Camões e Vasco da Gama (na igreja) e outras importantes personalidades portuguesas como Alexandre Herculano (na Sala do Capítulo) e Fernando Pessoa (no claustro). É um dos principais símbolos de Portugal (considerado um ícone do estilo manuelino de ornamentação). O próximo post será dedicado ao Mosteiro dos Jerónimos.

1174) Mosteiro visto da Praça do Imperio

Fonte Monumental na Praça do Império e Mosteiro dos Jerónimos

Museu da Marinha:  Praça do Império (abrigado na ala oeste do  Mosteiro dos Jerónimos).

Museu da Marinha com as torres em estilo neo manuelino                          Imagem do site: https://pt.wikipedia.org

Remonta a 1863, quando D. Luis decretou a constituição de um  acervo relacionado  com a história das atividades marítimas de Portugal.

Museu Nacional de Arqueologia: Praça do Império (ala ocidental do Mosteiro dos Jerónimos –  que compunha o antigo dormitório).

Fundado em 1893 por iniciativa de José Leite de Vasconcelos, que demandou esforços pela criação do “Museu do Homem Português”. Reúne o material recolhido em 3.200 sítios arqueológicos, abrangendo mais de meio milhão de anos de ocupação da Península Ibérica.

1179) Museu Nacional de Arqueologia

Museu Nacional de Arqueologia no complexo do Mosteiro dos Jerónimos

Centro Cultural de Belém (CCB): Praça do Império

O prédio foi erguido a partir de 1988, seguindo as propostas apresentadas pelo arquiteto português Manuel Salgado e pelo consórcio do arquiteto  italiano Vittorio Gregotti, selecionadas dentre  57 projetos inscritos num concurso internacional visando a construção da sede da presidência da União Europeia (em 1992). O objetivo era transformar, posteriormente, o prédio em um polo de atividades culturais e de lazer. Dos cinco módulos apresentados pelos arquitetos somente três foram erguidos: o Centro de Reuniões, o Centro de Espetáculos e o Centro de Exposições.

Em 1993 os espaços foram abertos ao público como centro cultural e de conferências, com programações de música, artes teatrais e exposições.

Museu da Coleção Berardo: Praça do Império

Inaugurado em 25 de Junho de 2007, nas dependências do Centro Cultural de Belém, acolhe a coleção permanente que designa o museu (composta pelas 862 obras do acervo inicial) e promove exposições representativas da arte moderna e contemporânea nacional e internacional.

1171) Museu Coleção Berardo

Museu Coleção Berardo abrigado no Centro Cultural de Belém

Museu de Arte Popular: Av. Brasilia (entre o Padrão dos Descobrimentos e a Torre de Belém)

Originalmente concebido como pavilhão da Seção da Vida Popular da Exposição do Mundo Português (em 1940), o prédio projetado pelos arquitetos Veloso Reis Camelo e João Simões foi adaptado para tornar-se um museu pelas mãos de Jorge Segurado, com decoração e estatuária de Barata Feyo, Henrique Moreira, Júlio de Sousa e Adelina de Oliveira.

Ficou fechado durante anos e chegou a ser cogitada sua demolição mas,  depois de remodelado,  reabriu as portas em 2010, com cinco salas correspondentes a cinco regiões portuguesas: Entre-Douro e Minho; Trás-os-Montes; Algarve, Beiras, Alentejo e Estremadura.

1169) Museu de Arte Popular

Museu de Arte Popular, em Belém, reaberto em 14/12/2016

Museu do Combatente/ Forte do Bom Sucesso: Av. Brasilia (próximo a Torre de Belém)

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Forte do Bom Sucesso – sede do Museu do Combatente em Belém                   Imagem do site CGCEM –  https://espacosparaeventos.com.pt

Exposição de fotografias, documentos, esculturas, pinturas e equipamentos. História da Aviação no século XX (demonstrada através de 500 modelos). Monumento aos Combatentes do Ultramar e Memorial ao Soldado caído pela Pátria.

O espaço também  dispõe de restaurante e  cafeteria.

– Fundação Champalimaud: Av. Brasilia (próximo a Torre de Belém)

468) Centro Cultural e Belém

Instalações da Fundação Champalimaud vistas do barco de turismo

Criada por testamento do empresário António de Sommer Champalimaud em 2004, é uma entidade sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento de pesquisa científica no campo da medicina. Para o turista, o que atrai a atenção é  sua arquitetura –  em especial o anfiteatro ao ar livre (sobre o rio Tejo) – além do fato de abrigar o “Darwin’s Café” (com serviço de almoço e jantar num ambiente decorado com referências à Teoria da Evolução), que dispõe de uma varanda com um belo panorama, abrangendo:  a Ponte 25 de Abril, Cristo Rei e a Torre de Belém.

Nas imediações encontra-se um dos pontos de devolução de bicicletas alugadas.

Após apresentar o atraente cardápio de passeios por Belém, é hora de focar dois monumentos considerados cartões postais de Lisboa e, portanto,  integrantes de qualquer roteiro:

 PADRÃO OU MONUMENTO DO DESCOBRIMENTO

Preliminarmente, é necessário reportar-se aos séculos XV a XVII, quando os portugueses (e depois os espanhóis) passaram a buscar rotas alternativas de comércio e, diante da descoberta de novas terras, impulsionaram outros países a também investir na exploração marítima. Esse período redundou num maior conhecimento geográfico, reconfigurando a cartografia da época e, sobretudo, consolidou o colonialismo no cenário mundial, afetando as relações de riqueza e poder entre as nações durante um ciclo político-econômico bem marcante.

Considerando esse contexto, a visita ao Padrão do Descobrimento desperta maior curiosidade sobre o simbolismo ali contido (principalmente quanto aos personagens homenageados)   e torna-se muito mais interessante.

1172)Padrão dos Descobrimentos

Lateral oeste e parte posterior do Padrão do Descobrimento

A Exposição do Mundo Português, realizada em 1940, teve como objetivo a comemoração de oito séculos do nascimento de Portugal (marcado pelo início do reinado de D. Afonso Henriques, em 1140) e três séculos da Restauração da Independência Portuguesa (com a deposição do rei Filipe IV da Espanha e início da dinastia Bragança).

Para marcar esse  evento, de forte conotação nacionalista, foi elaborado o monumento original (num curto espaço de oito meses) a partir da ideia do arquiteto português Cottinele Telmo de prestar um tributo ao Infante Dom Henrique. Por fim, a homenagem tornou-se extensiva a personalidades que contribuíram direta ou indiretamente para a expansão dos domínios de Portugal.

No entanto, como era um marco provisório, foram usados materiais perecíveis na confecção do primeiro memorial,  sendo então necessário desmontá-lo em 1958.

A escolha do lugar não poderia ser mais emblemática:  a margem do Tejo de onde partiram as naus desbravadoras (e, posteriormente, a Família Real Portuguesa para instalar a corte no Brasil, em novembro de 1807).

Por decisão do ditador António de Oliveira Salazar, desconsiderou-se o projeto vencedor de um concurso realizado em 1955 (apresentado pela  equipe de arquitetos João Andresen, Barata Feyo e Júlio Resende) e foi dado início à reconstrução do Padrão dos Descobrimentos – por um custo inferior ao da nova proposta. Mas essa iniciativa gerou polêmicas, afinal, o projeto que havia despertado grande admiração 20 anos antes estava artisticamente dissonante das novas tendências estéticas.

Em 1960, como parte das comemorações do 5º Centenário da morte do Infante Dom Henrique, foi inaugurada a réplica feita em betão armado e calcário rosal de Leiria, sob supervisão do mesmo arquiteto Cottinele Telmo e com a colaboração do escultor Leopoldo de Almeida, que trabalhou toda a estatuária em calcáreo de Sintra.

O monumento de 56 m. de altura com 20 m de largura e 46 m de comprimento tem suas fundações com 20 m. de profundidade. Em forma de caravela estilizada, com três grandes velas, é decorada de ambos os lados com baixos relevos representando a bandeira de D. João I.

Na proa, conduzindo a nau, pode ser vista a figura de D. Henrique – o Navegador (com uma caravela na mão direita e um mapa na mão esquerda) medindo 9 m. de altura.

463) Padrão do Descobrimento

Vista frontal do Padrão do Descobrimento no Rio Tejo

Em cada lateral existe uma fila descendente de estátuas (medindo em torno de 7 m. cada uma) de portugueses notáveis que, de alguma forma, contribuíram ou estiveram relacionados aos descobrimentos: navegadores, guerreiros, cientistas, religiosos, personalidades da cultura lusitana e outros sendo:

LADO LESTE

  • Afonso V (1432 / 1481)  – rei de Portugal de 1438 até sua morte em 1481;
  • Vasco da Gama (1469 / 1524) – navegador que estabeleceu uma nova rota para a Índia;
  • Afonso Gonçalves Baldaia (1415/ 1481) – navegador e um dos primeiros colonos da Ilha Terceira;
  • Pedro Álvares Cabral (1467 / 1520) – navegador que descobriu o Brasil em 1500;
  • Fernão de Magalhães (1480 / 1521) – pioneiro da circum-navegação (realizada de 1519 até 1522);
  • Nicolau Coelho (1460 / 1502)  – navegador que participou do sucesso das expedições  de Vasco da Gama e também de Pedro Álvares Cabral;
  • Gaspar Corte Real (1450 / 1501)  – navegador ligado ao descobrimento da Terra Nova, além de ter viajado pela Costa da América do Norte;
  • Martim Afonso de Sousa (1490 / 1564)  – navegador. Foi o primeiro donatário da Capitania de São Vicente e Governador da Índia Portuguesa;
  • João de Barros (1496 / 1570)  – cronista, considerado o primeiro grande historiador português e pioneiro da gramática da Língua Portuguesa;
  • Estevão da Gama (1430 / 1497) – navegador, militar e administrador colonial  (pai de Vasco e de Paulo da Gama);
  • Bartolomeu Dias – navegador que ultrapassou o extremo sul da África, contornando o Cabo da Boa Esperança;
  • Diogo Cão (1450 / 1486) – navegador que realizou duas viagens de descobrimento da costa sudoeste africana entre 1482-1486;
  • António de Abreu (1480 / 1514) – navegador que participou (sob as ordens de Afonso de Albuquerque ) da conquista de Ormuz (1507) e Málaga (1511);
  • Afonso de Albuquerque (1453 / 1515) – nomeado “O Grande”, o “César do Oriente” foi o segundo Vice rei  e Governador da Índia Portuguesa;
  • São Francisco Xavier (1506 / 1552) – santo missionário. Foi cofundador da Companhia de Jesus;
  • Cristóvão da Gama (1515 / 1542) – filho de Vasco da Gama, recebeu o cargo de capitão de Malaca e realizou diversas empreitadas pela Índia enquanto seu irmão Estevão da Gama foi Governador na Índia Portuguesa
1155) Padrão Descobrimentos

Estatuaria do lado leste do Monumento do Descobrimento

LADO OESTE

  • Infante Pedro, Duque de Coimbra (1392 / 1449) – filho do rei João I de Portugal, foi regente entre 1439 e 1448. Participou da conquista de Ceuta em 1415. Conhecido como “Príncipe das Sete Partidas” devido suas várias viagens pela Europa;
  • Filipa de Lencastre (1360 / 1415) – rainha de Portugal, mãe do Infante D. Henrique. Assumiu o exercício do governo, representando o marido ausente,  durante as operações militares;
  • Fernão Mendes Pinto (1515 / 1583 – datas presumidas)  explorador, missionário e escritor. Autor da obra “Peregrinações” ;
  • Gonçalo de Carvalho – missionário dominicano que foi para o Congo em 1616;
  • Henrique de Coimbra (1465 / 1532) – missionário franciscano na Índia e na África, viajou na frota de Pedro Álvares Cabral e celebrou a primeira missa em solo brasileiro (26 de Abril de 1500). Foi também bispo em Ceuta;
  • Luis de Camões (1524 / 1580) – poeta imortalizado pela obra ‘Os Lusíadas’
  • Nuno Gonçalves (1420 / 1491 – datas presumidas) – pintor a quem são atribuídos os painéis de São Vicente de Fora, que estão preservados no Museu Nacional de Arte Antiga;
  • Gomes Eanes de Zurara (1410-20 / 1473-74) – foi o 5º Guarda-Conservador da Livraria Real e Guarda-mor da Torre do Tombo. Atuou  como segundo cronista oficial, no período de 1454 até sua morte;
  • Pêro da Covilhã (1460 / 1530) – diplomata e explorador;
  • Jácome de Maiorca – cartógrafo que melhorou as cartas náuticas mediterrânicas e também incluiu nos mapas as terras africanas descobertas;
  • Pêro Escobar – destacou-se como piloto de embarcações (final do século XV e início do séc. XVI). Participou da descoberta das Ilhas São Tomé, Ano Bom e Príncipe junto com João de Santarém e Fernão do Pó, além de ter pilotado a caravela Bérrio na esquadra de Vasco da Gama (em 1497) e ter navegado com Pedro Álvares Cabral (em 1500);
  • Pedro Nunes (1502 / 1578) – matemático que ocupou o cargo de cosmógrafo-mor para o Reino de Portugal;
  • Pêro de Alenquer – piloto náutico muito experiente, designado para pilotar a nau de Bartolomeu Dias (que conseguiu dobrar o Cabo da Boa Esperança em 1488) e, posteriormente, o navio São Gabriel, capitaneado por Vasco da Gama – que chegou à Índia em 1498;
  • Gil Eanes (1395 / ? ) – foi o primeiro navegador que conseguiu dobrar o Cabo Bojador,  em 1434;
  • João Gonçalves Zarco (1390 / 1471) – navegador, comandante de barcas, foi escolhido pelo Infante D. Henrique para administrar a Capitania do Funchal, na Ilha da Madeira;
  • Fernando, o Infante Santo (1402 / 1443) – beato, filho do rei João I de Portugal e Filipa de Lencastre, foi capturado em 1437 na Batalha de Tânger (nas Cruzadas do Marrocos), sofreu  torturas e morreu no cativeiro em Fez.
1158) Estátuas

Lateral oeste com a rainha Felipa de Lencastre (primeira a esquerda)

O piso do espaço fronteiro ao Padrão dos Descobrimentos  é ornamentado com uma rosa dos ventos de 50 m. de diâmetro feita em calcário de lioz negro e vermelho. No centro encontra-se um planisfério de 14 m. de largura, decorado com elementos vegetalistas, rosas dos ventos, figuras mitológicas e também constam da composição datas, naus e caravelas associadas às principais rotas de expansão portuguesa nos séculos  XV  e  XVI.  O trabalho, oferecido pela República da África do Sul (em 1960), foi realizado no atelier do arquiteto Luis Cristino da Silva.

Acima da entrada do Monumento pode ser vista a espada da Casa Real de Avis, simbolizando a fé cristã como norteadora das campanhas militares empreendidas por Portugal.

1157) Entrada do Padrão

Entrada do Padrão do Descobrimento na parte posterior do monumento

Em 1985 o interior foi remodelado, passando a abrigar o Centro Cultural das Descobertas. Além de um auditório (com capacidade para 100 lugares), dispõe de duas salas de exposição e outros quatro espaços retangulares no piso superior.

Mas o melhor de tudo é o mirante no topo da edificação,  que oferece uma vista fabulosa abrangendo toda a zona ribeirinha entre Oeiras e Alcântara, a Torre de Belém, o Jardim Imperial, o Mosteiro dos Jerónimos, o Palácio de Belém, a Igreja da Memória, o casario do bairro (e, olhando para a parte mais alta, é possível avistar o Palácio da Ajuda), a Central Tejo e o Centro Cultural de Belém. O espetáculo do por do sol realça ainda mais  esse encantador cenário.

Horário de Visitação:

de  Março a Setembro  –   todos os dias das 10:00 às 19:00 h                                                                                                        (encerrando o acesso às 18:30 h)

                                              e

de Outubro a Fevereiro – de terça a domingo  (fechado às segundas-feiras)                                                                          das 10:00 às 18:00 h (encerrando o acesso às 17:30)

Visitas guiadas (grupo com mínimo de 10 pessoas): abordagem sobre a Exposição do Mundo Português (em 1940) e a origem do monumento, com informações sobre os Descobrimentos Portugueses. Agendamento pelo telefone: +351 213 031 950 (ou pelo site  info@padraodosdescobrimentos.pt.). Idiomas: português, castelhano, francês e inglês. Valor = 2,50 euros por pessoa (além do bilhete).

Ingresso (incluindo a exposição e o acesso ao mirante):  6 euros; Jovens (13 a 25 anos) = 3 euros; maiores de 65 anos e pessoas com deficiência = 5 euros

Entrada somente para a exposição =  3 euros

Ao final da visita,  basta seguir pelo calçadão na beira do rio Tejo (em direção a Torre de Belém).

1163) Padrão e Ponte 25 de Abril

Padrão do Descobrimento e Ponte 25 de Abril  vistos do calçadão

Depois de percorrer cerca de 300 m,  é hora de decidir sobre a visita ao Museu de Arte Popular:

1170) Museu de Arte Popular

Museu de Arte Popular, um mosaico da cultura portuguesa

As peças do acervo estão organizadas por províncias, para demonstrar a diversidade do artesanato dentre as várias regiões de Portugal, como por exemplo: os galos de cerâmica do Minho, as cestarias de Trás-os-Montes, as louças de terracota do Alentejo; os equipamentos de pesca do Algarve, assim como trajes, instrumentos musicais, joalheria e outros itens provenientes de diferentes localidades e que compõem o mosaico da cultura portuguesa.

Ingresso – custa menos de 3 euros. Aos domingos e feriados (até as 14:00 h.) tem acesso livre para cidadãos residentes em Portugal.

Horário de visitação: quarta a domingo das 10:00 às 18:00h (última entrada às 17:30 h). Aos sábados e domingos fecha entre 13:00 e 14:00 h.

Permanece fechado: segundas e terças-feiras, além dos feriados de: 1º de janeiro, domingo de Páscoa, 1º de Maio, 13 de Junho, 24 e 25 de Dezembro.

Mais adiante é necessário contornar a Doca do Bom Sucesso para chegar até a Torre de Belém. Nessa caminhada de cerca de 700 m. não há como não pensar que estamos retrocedendo meio século na cronologia histórica: o intervalo de tempo entre o término da construção da Torre de Belém e a inauguração do Monumento dos Descobrimentos é de 540 anos!

 TORRE DE BELÉM

No reinado de João II de Portugal (1481 – 1495) foi elaborado um plano defensivo da barra do rio Tejo, que previa a construção do “Baluarte do Restelo”  sob a  designação de “Baluarte de São Vicente” (em referência a São Vicente de Saragoça – padroeiro da cidade de Lisboa).

O objetivo era complementar a zona fortificada do rio Tejo composta: pelo Baluarte de Santo Antonio de  Cascais (1488) situado a oeste, na margem direita  e pelo Baluarte de São Sebastião de Caparica (1481), ao sul, na margem esquerda.

1164) Torre de Belém

A Torre de Belém começou a ser construída em 1514

A partir de 1495 o rei D. Manuel passou a desfrutar da projeção no comércio internacional, obtida com o sucesso das expedições marítimas, que não apenas estabeleceram novas rotas comerciais como anexaram territórios de grande potencial de riquezas (Índia, Goa, Malaca, África e Brasil).

A estrutura da Torre foi iniciada pelo arquiteto Francisco de Arruda (em 1514), autor de  um projeto que aliava a tradição medieval da torre de menagem às características do baluarte moderno (ineditamente dotado de peças de artilharia). Foi edificada sobre um afloramento rochoso, em frente a praia do Restelo, com objetivo de substituir o navio de artilharia que permanecia ali ancorado para proteger as frotas que partiam para a Índia. Por estar distante (cerca de 200 m.) da margem direita do Tejo, era toda cercada pela água, naquele tempo.

467) Torre de Belém

À época de sua construção,  a Torre era cercada pelas águas do Tejo

A supervisão da obra ficou a cargo de Diogo Boitaca, que era também o responsável pela já adiantada construção do Mosteiro dos Jerónimos –  na mesma localidade.

Em 1520 a fortaleza foi concluída, sendo designado como primeiro alcaide: Gaspar de Paiva.

O chamado “estilo manuelino” está muito presente na Torre de Belém, como pode ser observado na sua ornamentação, que reflete influências islâmicas e orientais (nas cúpulas gomadas das guaritas), conjugadas com elementos naturalistas e referências monárquicas e religiosas (profusão de brasões e do símbolo da Ordem de Cristo), estabelecendo a transição arquitetônica entre o medievalismo e o Renascimento.

Na decoração, esculpida em pedra, há também elementos náuticos (esfera armilar, rede, boia, corda e nós), marinhos (conchas,peixes), sem esquecer o vegetalismo (troncos, folhas, flores e raízes).

A figura do rinoceronte, na base da  guarita da  fachada,  é uma menção ao presente dado pelo rei de Cambaia (na  Índia) para o rei D. Manuel I –  em 1514.

A estrutura da fortaleza é composta basicamente pela monumental torre e o  baluarte. O formato hexagonal era inovador para a época, destacando a Torre de São Vicente em relação às demais fortificações existentes.

Na parte interna existem galerias abertas, torres de vigia (em estilo mourisco) e ameias em formato de escudos, proporcionando reforços para as estratégias defensivas.

Sua estrutura basilar, com 40 m. de comprimento (orientada para sul e para o rio) foi dotada de um conjunto de canhões, para consolidar sua função militar, desenvolvida nos três pisos do baluarte: subterrâneo, térreo e terraço.

A edificação é completada por uma recuada torre quadrangular (de quase 30 m. de altura), que abrigava atividades de caráter mais administrativo nas Salas:  do Governador,  das Audiências e dos Reis, assim como a função religiosa (na capela).

Conforme o ângulo de visão, seu formato traz semelhança com a silhueta de um navio.

Com o passar dos anos e com a evolução dos recursos de defesa e ataque, a Torre de Belém foi gradualmente perdendo sua principal finalidade e acabou cumprindo diferentes funções: posto de registro aduaneiro, centro de sinalização telegráfica e  farol.

Durante a ocupação pelo rei Filipe II da Espanha (1580-1598) e também sob o reinado de João IV de Portugal (1640-1656) os antigos paióis foram transformados em masmorras para presos políticos.

A fortaleza sofreu várias modificações, principalmente no século XVIII quando foram remodeladas as ameias, o varandim, o nicho da Virgem (voltado para Tejo) e o pequeno claustro.

Em 1907 a Torre de Belém foi declarada Patrimônio Nacional e desde 1983 é considerada Patrimônio Mundial, pela UNESCO, além de ter sido eleita uma das Sete Maravilhas de Portugal –  em julho de 2007.

Para alcançar a entrada é preciso percorrer uma passarela (de onde se contempla uma das vistas clássicas da edificação),  que faz a ligação entre a Torre e a praia .

A visita tem início na casamata (a parte mais baixa) com teto em arcos, em estilo gótico e ventilada por um pequeno claustro. Ali podem ser vistas 16 canhoeiras para tiro rasante de artilharia.

Do terraço do baluarte, guarnecido por ameias (compondo uma segunda linha de fogo) é possível apreciar a fachada sul, onde está a escultura de Nossa Senhora do Bonsucesso, voltada para o rio Tejo para proporcionar boa sorte aos navegadores. A imagem é popularmente conhecida como Nossa Senhora das Uvas (por segurar um cacho da fruta em uma das mãos).

File:Lisboa, Estátua de Nossa Senhora do Bom Sucesso at Torre de Belém (3).jpg

Imagem de Nª Srª do Bom Sucesso na Torre de Belém               Imagem do site: https://commons.wikimedia.org

Nos ângulos do terraço sobressaem seis guaritas cilíndricas, coroadas por cúpulas de gomos, ornamentadas com relevos esculpidos na pedra. Ao centro está instalado o parapeito  com vista para o claustrim (no nível inferior).

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Terraço do baluarte com  vista para o  claustrim (no nível inferior)                                         Imagem do site: http://belemtorre.blogspot.com

Por volta de 1580 foram acrescidas algumas construções no terraço,  para ampliar a capacidade da guarnição, sendo posteriormente demolidas a fim de restaurar a configuração original da fortaleza.

Nesse ponto tem início a subida da torre de formato quadrangular (conforme a tradição medieval), por uma escada caracol, para os cinco pavimentos acima do baluarte.

No primeiro andar, na denominada Sala do Governador, encontra-se a cisterna (sistema de captação de água de chuva para abastecimento interno). Nos ângulos nordeste e noroeste encontram-se os acessos às guaritas

Mais acima está a Sala dos Reis, com teto elíptico e lareira decorada com meias esferas, em cuja varanda os monarcas assistiam a partida e a chegada dos navios.

O terceiro piso abriga a Sala das Audiências, com as tradicionais referências manuelinas na decoração (esferas armilares e o brasão real), destacando-se as belas  janelas com balaustrada (lado sul), emoldurando a encantadora vista panorâmica.

No quarto pavimento situa-se a Capela, com as típicas abóbadas quinhentistas com fechos decorados de símbolos régios manuelinos (esfera armilar, cruz de Cristo e brasão). Esse penúltimo piso é circundado por uma sacada onde passam despercebidos (por estarem tampados) os oito  “matacães” –  aberturas redondas pelas quais eram lançadas pedras ou líquidos quentes contra invasores (sistema defensivo típico da Idade Média).

No  Terraço da Torre (quinto andar) a vista do entorno convida para uma contemplação demorada do vasto cenário abrangendo:  o estuário do Tejo, o casario e monumentos como o Mosteiro dos Jerónimos e o Centro Cultural de Belém. Na margem oposta do rio (perto de umas construções de forma cilíndrica) estão as ruínas da Torre de São Sebastião (ou Torre Velha), erguida por ordem de D. João II para integrar um sistema triangulado de defesa da Barra do Tejo (cruzando fogo com a Torre de Belém) e concluída por volta de 1480. Junto da amurada norte (de costas para o rio) é possível avistar a Capela de São Jerónimo (construída em 1514), olhando entre o arvoredo, no topo da Avenida da Torre de Belém.

Duração da visita: pelo menos 1 hora

Horário: 10:00 às 17:00 de Outubro a Abril

              10:00 às 18:30 h de Maio a Setembro

Bilhete: 6 euros (acesso grátis com Lisboa Card)

No primeiro domingo do mês a entrada na Torre de Belém é gratuita.

Ingressos combinados (podem ser adquiridos nos respectivos locais ou pela internet). Os preços são informados no site da Torre de Belém:

1) Descobertas = Mosteiro dos Jerónimos e Torre de Belém;

2) Praça do Império = Mosteiro dos Jerónimos, Museu de Arqueologia e Torre de Belém;

3) Jerónimos = Mosteiro dos Jerónimos e  Museu Nacional de Arqueologia;

4) Cais da História = Mosteiro dos Jerónimos, Museu Nacional de Arqueologia, Torre de Belém, Museu de Arte Popular, Museu Nacional de    Etnologia  e Museu dos Coches

É difícil ir a Belém e não visitar o Mosteiro dos Jerónimos,  mas é impossível deixar de entrar na Igreja Santa Maria Belém para ver os túmulos de Luís de Camões (no sub coro direito) e de Vasco da Gama (sub coro esquerdo), trabalhados pelo escultor Costa Mota no século XIX.

1253) Tumulo de Camões e vitral

Arca tumular de Luís de Camões na Igreja de  Santa Maria de Belém

Na saída da igreja, estando de frente para a Praça do Império, basta caminhar para o lado esquerdo, em direção ao Largo dos Jerónimos e Rua de Belém –  para encontrar um dos locais mais icônicos de Portugal:

Fábrica dos autênticos pastéis de Belém inaugurada em 1837       Imagem do site: http://www.dicaseuropa.com.br

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Raro momento de tranquilidade no salão  da “Pastéis de Belém”                   Imagem do site TripAdvisor : https://www.tripadvisor.com.br